Nem todo homem gosta da instituição do casamento. Nem todo homem é adepto do 'crescei e multiplicai'.

sábado, 2 de novembro de 2013

Extinção das Tradições Viris

É possível que homens de nossa cepa tenham sido vítimas, há tempos, do que as ciências biológicas denominam de "grande extinção" (licença poética).


Nunca tive problemas existenciais com minha vida afetiva sexual, já que por natureza nunca dei satisfação de minha vida pessoal. Vejo muito cara dramático, nada viril, parecendo personagem de chatíssimas óperas, vomitando seus piegas problemas e depoimentos. Claramente nunca será um macho, apenas carrega em sua certidão de nascimento a classificação de gênero masculino.

Tive uma vida normal de moleque: boca suja, brigava muito, brincava, jogava futebol, coisa comum em minha geração. Fiz serviço militar obrigatório e namorei muita mulher legal. Em dado momento vi que uma parceria (afetiva e sexual) com outro macho seria mais compatível comigo: simples e indolor.  

As Tradições Viris (TVs) me confirmaram o caminho das pedras, apesar de trilhá-las intuitivamente desde minha adolescência. Gosto destas tradições, aplico-as em minha vida sem drama algum. Conheci, mundo afora, caras que pensam como eu. Uma fraternidade, física ou virtual, deve ser composta apenas por homens que apliquem e concordem com as TVs; os demais que sigam seus rumos!

As TVs fundamentam uma fraternidade, e uma é indissolúvel da outra. Um núcleo não precisa ser necessariamente físico: a distância também nos fortalece e nos une. Fraternidade pronta não existe; o cristianismo acabou com ela e o 'gayismo' a enterrou. Que cada um faça sua parte, se quiser que este estado de coisas se reverta em médio ou longo prazo.

domingo, 18 de agosto de 2013

Homem não espanca homem... só em legítima defesa



Nunca tiver prazer em ver um homem espancando outro homem. Entendo isto como um enfraquecimento do gênero masculino quando está totalmente perdido, sem padrões claros e corretos de virilidade, destituído de cumplicidade e tolerância em relação a um possível irmão seu.
Oz, um seriado televisivo made in USA (1997-2003), tratava da disputa covarde entre facções religiosas e étnicas de uma cadeia norte-americana. Era regado a cenas de poder e droga, e principalmente homossexualismo seguido de culpas homéricas, lutas e assassinatos para lavar a honra deste “deslize sexual”. Afinal, os presos iriam fuder com quem num antro de confinamento masculino?
Franquias de tolas lutas estrangeiras chegaram com tudo na mídia brasileira onde lutadores, homens programados, cumprem seu papel exigido: TUF (The Ultimate Fighter), MMA (Martial Mixed Arts), UFC (Ultimate Fighting Championship), entre outras organizações. Na plateia destes pseudos-esportes, homens e mulheres chegam a um perigoso nível de excitação comparável às tropas nazi-fascistas ou torturadores em regimes políticos de exceção.
Para entornar o caldo, as antigas lutas (geralmente orientais) de autodefesa e aprimoramento do equilíbrio (físico, mental, espiritual) estão sendo perigosamente manipuladas por pessoas e/ou grupos em prol de vulgares demonstrações de machismo violento e barato.
Enquanto isto, a antiga e tradicional luta olímpica denominada greco-romana sofre boicotes de todo lado. Ela está para perder, ou perdeu, seu título de luta olímpica. Tudo muito curioso e nebuloso, mas esperemos que a tradição e a ética vençam este estranha atitude do Comitê Olímpico Internacional.
Um homem espancar cruelmente um outro é algo razoavelmente aceito pela escória lobotomizada. Já fazer sexo com homem, complica e muito... e dá nó nas cabeças de alguns perigosos programados.

sábado, 1 de junho de 2013

Longevidade dos adeptos das Tradições Viris



I. Adeptos maduros das Tradições Viris (TVs) costumam ser arredios e cautelosos, e sabem que as TVs são o seu escudo. São discretos, pouco dados a sociabilidades forçadas e sem sentido. Mas quando cercados de seus camaradas, a coisa muda.
Usam as redes sociais com parcimônia, pois sabem que muitos dos que lá estão são patéticos e exibicionistas personagens criados. Por razões profissionais, são mais encontrados no Linkedin e nas páginas da Plataforma Lattes.
Apreciam a web e a alta tecnologia. Foram testemunhas do início dos microcomputadores domésticos, da linguagem DOS, da posterior chegada do Windows 3.1 e seus sucessores.
Deploram a vulgaridade e a tolice reinantes na Internet, assim como a dependência neurótica de caixas postais e dos “muy amigos” de redes sociais.  Desconfiam que a web, com muitas informações rasteiras e descartáveis, esteja deixando parte da população oligofrênica (idiotizada).
Neste século XXI, a vida e o tempo estão passando velozmente e a mocidade tem curto prazo de validade. O juvenilismo e o imediatismo são incompatíveis com as Tradições Viris.

II. Somos éticos e civilizados.
Adeptos das TVs  não falam ao celular em: salas de cinema e teatro, templos religiosos, jantares e almoços formais, reuniões profissionais (gafe).
Não fazem parte desta inculta e grosseira massa denominada “nova classe média”, que se impôs em nosso país com suas novas normas sociais e padrões de hiper-consumismo em seu cotidiano: questão de civilidade e cultura.
Não se expõem em público, já que suas vida pessoais não dizem respeito a ninguém.
São libertários, precavidos e alertas. Se possível, fazem seu próprio imposto de renda. Caso necessitem de contadores, ou afins, devem ter em mente o velho ditado rural brasileiro: “É o olho do dono, que engorda o gado”. Lutam para ter sob controle as rédeas de sua vida para não delegá-las a terceiros.

III. Ninguém escapa das armadilhas que a vida, eventualmente, nos impõe.
Quando um dos nossos passa por momentos turbulentos, costuma “submergir” um pouco. Entende que “voltar atrás” não é derrota, e sim recuo estratégico.
Nesta fase, ele intensifica a leitura dos fundamentos da Tradição Espartana. Sabe que nenhum resultado é imediato e que só o treinamento diário poderá mostrar um caminho para que sua vida trilhe um rumo melhor.


sábado, 2 de março de 2013

Trabalho braçal e as Tradições Viris



Fui um adolescente e pós-adolescente que trabalhava e estudava, apesar da família ter conforto material. Ajuizado e aventureiro, atípico, viajava sempre que podia... e invariavelmente sem muito dinheiro. Eram tempos de pouca violência (urbana - suburbana - rural) neste constrangedor país. Nestas viagens (dentro e fora do Brasil) às vezes trabalhei em ocupações braçais, que muito me fortaleceram e me tiraram um certo ranço de classe média.
Nunca fui a um parque temático norte-americano ou me interessei por exagerados templos de consumo. Não digo que desta água não beberei, mas em lugares onde a consumista classe média brasileira viaja ou frequenta, eu passo bem longe. Reparem que todo corrupto e filho da puta brasileiro tem moradia na Flórida; justo neste belo e quase caribenho estado norte-americano, onde Hemingway e muita gente boa viveu.
Como estou sempre na contra-mão dos dados da economia oficial vigente, viajo cada vez menos: rodoviárias, aeroportos, hotéis e pousadas andam absolutamente lotados; e tudo extorsivamente caro para os meus padrões espartanos. Cartões de crédito são distribuídos às pencas para pessoas que jamais honrarão seus compromissos bancários e sabe-se lá o que acontecerá a este tipo de gente: claramente um novo tipo de escravidão com dívidas impagáveis. E eu assisto de camarote, sem ação e indefeso, meus antigos paraísos sendo invadidos por esta horda de gente (grosseira e sem noção da cultura local e de seu meio ambiente) que devastam os locais por onde passam ou se estabelecem.
Gostaria de ter um caminhão e trabalhar viajando pelo Brasil e Cone Sul. Mas, imaginem só a encrenca que eu arrumaria nestas estradas abandonadas e criminosas, salvo aquelas privatizadas. Meus colegas de trabalho (com honrosas exceções) fatalmente seriam ignorantes, casados e com filhos, atrelados a alguma religião repressiva. Desnecessário falar dos assaltos que sofreria de facções criminosas bem aparelhadas e com uma logística e modus operandi de dar inveja. Não há órgãos de segurança (federais, estaduais, municipais) que dêem conta desta endêmica situação.
Fui motociclista (desde os 18) por muitos anos e até este prazer me foi tirado. Vendi faz tempo minha última e querida moto, graças a esta porra de violência que não respeita quem estiver em duas rodas. A barbárie urbana não perdoa ninguém e não tenho mais saco para motoqueiros imbecilizados, sem noção de leis de trânsito e cordialidade masculina, assim como os assaltos perpetrados por caras drogados que nada têm a perder ao tirar a vida de motociclistas indefesos.
Num passado bem recente os trabalhadores braçais brasileiros eram muito bem articulados (culturalmente e socialmente), principalmente o operariado dos centros industriais e portuários. Seus fortes sindicatos, nem sempre pelegos, e seus movimentos reivindicatórios deixaram uma perene marca na história política brasileira. Os antigos operários eram destemidos e com poucos lastros repressivos. As seitas religiosas invasivas ainda não faziam parte do dia a dia deles, e que hoje ocupam horário nobre de nossas emissoras de rádio e tv. Nossas centrais sindicais não eram tão machistas, babacas, reacionárias e pelegas como agora. Operários homens, que quisessem, faziam sexo com outros homens sem dó nem piedade: não se tocava no assunto, não se cobrava nada, não se fotografa, não se “dedava”... era uma outra ética masculina.
 
Apesar de tudo, acho louvável que um adepto das Tradições Viris:
- Tenha uma fé não repressiva (leia Máximas Délficas), desde que mantenha sempre uma postura laica. Se for ateu convicto, sem necessidade de uma vida espiritual, admirável também será.
- Faça parte de um sindicato ou associação de classe profissional (inoperante ou não, trabalhador ou patronal). Neles sempre poderá contar com um departamento jurídico (útil em ações trabalhistas) e com convênios médicos / odontológicos, que sempre saem bem mais em conta.
- Não se descuide do futuro e que faça uma poupança para a velhice, pois ela chega lépida e nem sempre fagueira. A juventude é efêmera, infelizmente. Muitos de nossos adeptos são da terceira idade ou estão chegando lá.
- Contenha a ansiedade e não seja imediatista; tudo a seu tempo.
- Caso seja novo e imaturo, aproveite sua “jeunesse” para estudar e trabalhar com afinco para uma almejada independência econômica.